Morada no ceu

Meu avó me deu um conselho

Foi na véspera de morrer

Que não precisa muita coisa pra gente sobreviver

É só encurtar a rédia e deixar as coisa acontecer

Que a vida é muito boa tem muito para nos oferecer

Tem muito rico miserável que não come e não deixa o outro comer

 

Descanse em paz meu avó

Eu sou um dos frutos da árvore que o senhor plantou

Hoje eu caminho na mesma estrada que um dia o senhor passou

Conheci pela pegadas e a cruz que o senhor carregou

É uma cruz muito pesada só que eu penso diferente nas minhas caminhadas

Eu gosto de fazer amigos e tomar cerveja gelada

 

Eu não sou o Sargentele mas gosto de um mulata

Não importa se for solteira ou uma mulher casada

Se o marido for ciumento eu chamo ele na capa

E se for um corno assumido eu corto ele na tala

 

A mulata de minha preferência tem olhos verde e o cabelo cor de mel

O pára-brisa dos meus olhos é a aba do meu chapéu

É aproveitar as coisas boa da terra que minha morada é no céu